Realidades diferentes entre mulheres e influenciadoras?!
Novembro de 2021, estudo feito pelo Trocando Fraldas com mais de 5.000 mulheres entre 11 e 19 de outubro de 2021: Hoje em dia, é muito comum encontrarmos milhares de influenciadoras na internet compartilhando a sua vida através das redes sociais. Principalmente depois da pandemia da COVID 2019. As chamadas "influencers" geralmente são pessoas que já tem alguma fama, ou que estão começando sua jornada neste caminho. E por isso, nem sempre a sua realidade condiz com a das pessoas que os seguem, pois a fama traz alguns benefícios, dentre eles o ganho financeiro.
A grande maioria das seguidoras de uma influenciadora digital, não tem acesso às mesmas oportunidades que ela, principalmente quando o assunto é gravidez e maternidade. E conforme constatamos em nosso mais recente estudo, 70% das brasileiras sentem que sua realidade de maternidade é muito diferente da de influenciadoras digitais. Principalmente as mulheres que estão grávidas, ou que já tiveram algum filho, com 76% e 75%, respectivamente.
Você sente que a sua realidade de
maternidade é muito diferente da de
influenciadoras?
Como afeta as brasileiras
Embora o percentual de mulheres que sentem sua realidade de maternidade diferente da de influencers, seja de 70%; somente 40% delas se sentem mal, ou tem algum complexo quando compara sua realidade com a da influenciadora digital.
O que demonstra que muitas percebem que este excesso de felicidade e perfeição, é somente uma encenação. Afinal de contas, embora ser mãe seja a coisa mais incrível do mundo, passar pelo processo da gravidez e maternidade não é fácil, principalmente para as mamães que estão sozinhas na sua jornada, ou que têm os mais diferentes tipos de realidade.
Você se sente mal ou tem complexo quando
compara a sua realidade com a de
influenciadoras?
- Tocantins é o estado em que mais mulheres se sentem mal, com 55% das entrevistadas.
- No Rio de Janeiro e em São Paulo, 40% e 39%, respectivamente, sentem este desconforto.
- E o estado que menos mulheres se sentem mal quando comparam sua realidade é Roraima, com 30% das participantes.
Influenciadoras podem ajudar
Constatamos também que 70% das brasileiras não compartilham suas dificuldades de gestação nas redes sociais ou com terceiros. O que faz com que as influenciadoras sejam uma fonte de informação, pois mesmo que tenham uma realidade diferente, passam pelos mesmos sintomas e desafios da gravidez. E o melhor de tudo, compartilham isso com todas as suas seguidoras.
- As mulheres dos 30 aos 34 anos são as que menos compartilham suas dificuldades de gestação, com 82% das entrevistadas.
- Já entre os estados, Roraima é o que mais participantes compartilham as dificuldades, com 33% delas.
- No Rio de Janeiro, somente 28%. E em São Paulo, 19%.
- O estado com o menor número de mulheres que compartilham suas dificuldades é o Tocantins com 6% das entrevistadas.
Índice de brasileiras que não compartilham as dificuldades da gestação, por estado
Ranking dos estados que brasileiras sentem ter uma realidade de maternidade diferente das influenciadoras
- 1.Acre
- 2.Espírito Santo
- 3.Goiás
- 4.Maranhão
- 5.Alagoas
- 6.Amapá
- 7.Sergipe
- 8.Minas Gerais
- 9.Pará
- 10.Rio de Janeiro
- 11.Bahia
- 12.Amazonas
- 13.Paraíba
- 14.Santa Catarina
- 15.Rio Grande do Sul
- 16.Pernambuco
- 17.Rondônia
- 18.Distrito Federal
- 19.São Paulo
- 20.Roraima
- 21.Mato Grosso
- 22.Ceará
- 23.Mato Grosso do Sul
- 24.Piauí
- 25.Paraná
- 26.Rio Grande do Norte
- 27.Tocantins
Método de Pesquisa
O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 5.000 mulheres entre 11 e 19 de outubro de 2021. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet.
As seguintes questões foram abordadas:
- Você sente que a sua realidade de maternidade é muito diferente da de influenciadoras?
- Você se sente mal ou tem complexo quando compara a sua realidade com a de influenciadoras?
- Você compartilhou ou compartilha as dificuldades da gestação em redes sociais ou com terceiros?
Para efeitos de comparar os resultados entre regiões e estados, as respostas das perguntas afirmativas foram contabilizadas em números, 1 para "sim" e 0 para "não". Algumas perguntas, com objetivo de obter resultados mais qualitativos, foram elaboradas com mais opções.