Como o filtro solar e a vitamina C ajudam a proteger a pele

  • Revisado por
    Patricia Amorim
    Idealizadora da Famivita


Muitos conhecem os benefícios e a necessidade do uso de filtro solar para a proteção da pele, tanto para evitar o envelhecimento precoce, como o surgimento de doenças como o câncer. Por outro lado, quando falamos do uso da vitamina C (aplicada direto na pele), há quem ainda não saiba como esse cuidado é fundamental e capaz de otimizar uma rotina de skincare. O fato é que a associação dos dois é de extrema importância para uma pele bonita e saudável.

É através da absorção ou da reflexão de parte da energia radiante que os filtros solares ajudam a resguardar a nossa pele da luz solar, detendo os raios UVA/UVB que podem ser muito prejudiciais. Como a gente não sente esse dano imediatamente, não sente dor ou algo parecido, por exemplo, não consegue entender que essa radiação atinge uma camada profunda da pele.

Só que o efeito é cumulativo e, às vezes, um pouquinho mais lá na frente, isso pode ter como consequência uma pele marcada, flácida e várias manchas de sol, principalmente em áreas mais expostas, como o rosto. O problema é que uma vez que esse “estrago” aconteceu é difícil recuperar a pele. Sem dúvida, então, é melhor mudar de atitude e passar a se prevenir, não é?

Além da exposição à luz solar, no entanto, outros fatores externos provocam danos. São exemplos disso a poluição do ar, tabagismo, álcool e a exposição a metais pesados. Todos esses agentes podem aumentar a produção natural de radicais livres na pele, resultando em prejuízos.

E, agindo nessas duas frentes, no combate a esses verdadeiros inimigos da pele, nós temos o filtro solar e a vitamina C. Pode acreditar: a combinação deles é imbatível quando se trata de proteção. Fique conosco até o fim que vamos te contar tudo sobre o tema.

A importância do filtro solar
Por dentro do filtro solar (entendendo as siglas)
Filtros solares físicos e filtros solares químicos
Radicais livres e a necessidade de vitamina C
Vitamina C + filtro solar = pele saudável

1 – A importância do filtro solar

Principalmente nas últimas décadas, a utilização dos filtros solares tornou-se popular. As pesquisas se multiplicaram e todo tipo de informação sobre eles surgiu. Mesmo assim, basta olhar a embalagem de um filtro solar para vermos que não abarcamos o assunto completamente. Isso porque são muitos detalhes envolvidos, e sobretudo siglas, muitas siglas. Já se perguntou o que é FPS, UVA, UVB, PPD, quais os tipos de protetores e qual deve escolher?

Sim, são muitas dúvidas, mas, antes, é necessário entendermos o porquê de tanta importância atribuída ao filtro solar. E aqui precisamos enfatizar algo primordial: vivemos em um país tropical, onde estamos mais expostos ao sol. Nesse caso não é preciso nenhum cientista nos dizer que o calor está aumentando, pois ao sairmos de casa já notamos isso.

No nosso dia a dia, vemos o quanto a exposição solar intensa é capaz de destruir as coisas, desde a pintura de um carro, até as plantas. Imagine o que isso causa em nossa pele, que tem um mecanismo tão delicado para funcionar bem.

Até mesmo em dias nublados, já se sabe que cerca de 80% dos raios UV atravessam as nuvens e a neblina.

É para termos um “escudo” contra os males causados por essas radiações que precisamos recorrer aos protetores

A exposição contínua à radiação ultravioleta (RUV) leva a um processo degenerativo da pele, resultando em um envelhecimento prematuro. Pesquisas na área são frequentes e elas vêm mostrando que a radiação UV danifica o material genético (DNA), oxida os lipídios (gorduras da pele), produz perigosos radicais livres, causa inflamação e enfraquece a resposta imune da pele (ou seja, a reação dela aos agentes infecciosos).

Sabemos que o envelhecimento é um processo natural, mas você tem conhecimento de que também temos um papel nisso, quando se trata de envelhecer bem? Isso porque há dois tipos de envelhecimento:

  • Intrínseco – É o envelhecimento natural e cronológico, pois assim como os demais órgãos, a pele envelhece ao longo do tempo. Ele ocorre tanto na pele exposta como na pele que não é exposta;
  • Extrínseco – É o envelhecimento prematuro e tem muito a ver com as nossas escolhas (tabagismo, por exemplo). Também é causado pela exposição aos fatores naturais que tem como principal vilão a radiação UV, ou seja, a luz solar.

O primeiro filtro solar é datado de 1928 e a primeira patente é de 1943. No entanto, eles só passaram a ser amplamente comercializados e popularizados na década de 1960.

Agora que já conhecemos a importância de ter um filtro solar sempre à mão, vamos desvendá-los para você.

2 – Por dentro do filtro solar (entendendo as siglas)

Os raios solares que atingem a superfície da Terra são formados, em sua maioria, por radiações ultravioleta, visíveis e infravermelhas. Nós percebemos essas radiações de diferentes formas:

  • A radiação infravermelha (IV) é percebida sob a forma de calor;
  • A radiação visível (Vis) é notada através das diferentes cores que os nossos olhos detectam;
  • A radiação ultravioleta (UV) é percebida por meio de reações fotoquímicas.

A questão é que, na pele, essas reações fotoquímicas à radiação ultravioleta, vão se traduzir na excitação de moléculas, que, por sua vez, reagirão quimicamente com outras. E isso pode ter como consequência o dano ao material genético.

Se você já teve alguma queimadura de sol entenderá: a pele fica avermelhada e tão sensível que dói quando tocamos nela. Na prática, essa é uma resposta inflamatória da pele e casos assim favorecem as modificações no DNA. Quando ele não é reparado, ocorrem mutações que podem levar ao desenvolvimento de câncer.

Os raios UVA e UVB penetram de um jeito diferente, sendo que a radiação ultravioleta pode adentrar vários milímetros na nossa pele

Aqui nos ateremos, então, à radiação ultravioleta (UV), pois ela é a mais energética e a propensa a induzir essas reações, sendo a mais agressiva para nossa pele. A radiação ultravioleta é dividida em três tipos:

  • Radiação UVA – É a mais abundante na superfície terrestre (temos 95% UVA e 5% UVB) e não costuma causar vermelhidão na pele. O problema é que ela penetra mais profundamente na pele, chegando até a segunda camada (a derme). Com isso, esse tipo de radiação acaba por induzir a pigmentação da pele e promover o bronzeamento (escurecimento da melanina). Dependendo do tempo de exposição, pode causar danos ao sistema vascular periférico e induzir ao câncer de pele. Além disso, pode agir de maneira indireta na formação de radicais livres;
  • Radiação UVB – Também atinge toda a superfície da Terra, mas sua incidência é pequena se comparada à radiação UVA. Frequentemente ocasiona queimaduras solares devido à sua alta energia, causa envelhecimento precoce das células e vermelhidão. A exposição frequente e intensa a ela pode provocar lesões no DNA e suprimir a resposta imunológica da pele. Outro fator de risco é que a exposição à essa radiação reduz a chance de uma célula maligna ser reconhecida e destruída pelo organismo;
  • Radiação UVC – Felizmente ainda não precisamos nos preocupar com essa radiação, pois a camada de ozônio não permite que ela chegue até a superfície da Terra.

Mesmo sabendo que a incidência da radiação UVB na Terra é menor, devemos ficar atentos; pois, com os efeitos do aquecimento global, ela está cada vez mais presente.

Já a sigla FPS significa Fator de Proteção Solar e é o principal medidor do nível de proteção de um filtro, sendo universalmente aceito. Ele indica quantas vezes o tempo de exposição ao sol pode ser aumentado, sem o risco de eritema (manchas vermelhas na pele).

Por exemplo, uma pessoa começa a ficar com a pele avermelhada depois de 20 minutos de exposição ao sol, sem o uso de protetor. Se essa mesma pessoa utilizar um protetor solar de FPS 15, ela poderá ficar 300 minutos exposta ao sol até que sua pele comece a ficar avermelhada.

Outra sigla que não é muito comum no mercado brasileiro, mas que pode ser encontrada é a PPD e significa “Persistent Pigment Darkning”, que pode ser traduzida como “escurecimento persistente do pigmento”. Ela representa a proteção do filtro contra os raios UVA. Assim como o FPS, quanto mais alto, maior a sua proteção.

Devemos lembrar que ela vem sempre acompanhada do FPS. Dermatologistas recomendam que o PPD deve ter pelo menos um terço do valor do FPS para que o filtro solar resulte em uma boa proteção para a pele. Entendeu essa conta? É o seguinte: se seu protetor solar for FPS 30, seu PPD deverá ser no mínimo 10.

Inicialmente os filtros só protegiam contra a radiação UVB, permitindo o bronzeamento pela UVA. Com aumento do conhecimento sobre os possíveis efeitos danosos também da radiação UVA foi visto que era necessário também uma proteção em relação a esse tipo de radiação. Para um filtro ser eficiente ele deve conter proteção UVA/UVB, mas não deve haver preocupação quanto a isso, pois hoje, com a evolução natural das formulações, todos os filtros seguem recomendações básicas que atendem ao avanço científico.

3 – Filtros solares físicos e filtros solares químicos

Há dois tipos de filtros solares: os físicos e os químicos. Os físicos (conhecidos também como minerais ou inorgânicos) funcionam protegendo através da reflexão e dispersão da radiação ultravioleta.

Como o próprio nome sugere, eles são uma espécie de barreira física contra os raios solares e são formados por compostos minerais. Costumam ter no rótulo substâncias como óxido de zinco e dióxido de titânio.


Filtros solares físicos geralmente têm uma textura mais grossa, por isso é mais difícil espalhá-los

Um ponto negativo desse tipo de filtro solar é algo que certamente você vai lembrar se já usou algum deles: usualmente eles deixam uma película branca sobre a pele. Isso acontece porque os óxidos utilizados nas suas formulações ficam suspensos e, dependendo do tamanho das partículas, eles podem acabar gerando esse “probleminha” estético (corpo e rosto esbranquiçados).

A boa nova é que hoje já existem versões microparticuladas destes óxidos e assim eles não deixam película perceptível na pele.

Já os filtros solares químicos (ou orgânicos) são formados por moléculas orgânicas capazes de absorverem os raios nocivos à pele humana e transformá-los em radiações com energias menores e inofensivas. Eles têm uma consistência mais leve e por vezes aliam várias funções, alguns até auxiliam no clareamento dela.

Porém, os filtros solares químicos normalmente apresentam um maior grau de irritabilidade na pele, quando comparados aos filtros solares físicos. Isso ocorre porque eles também são mais absorvidos pelo organismo. Assim, os físicos são mais indicados para quem tem alergias ou melasma e também para grávidas e crianças.

Outra questão interessante diz respeito à frequência da aplicação: o protetor solar químico precisa ser reaplicado várias vezes ao dia, porque costuma perder o efeito com o passar das horas; já em relação aos físicos, como a formulação é mais estável, eles não precisam ser repassados com frequência.

Na hora de pagar, o preço também costuma diferir, pois os físicos costumam ser mais caros. Hoje, aliás, uma boa parte dos produtos presentes no mercado une filtros químicos e físicos para aumentar a cobertura e proteção contra os raios ultravioleta.

Salientamos, contudo, que não existe um filtro perfeito, mas sim aquele que se adapta ao tipo de pele de quem vai fazer uso dele. Assim, quando for escolher é sempre bom ter em mente o que se objetiva com a compra (hidratar? não aumentar a oleosidade? clarear? evitar o envelhecimento?), pois existem substâncias presentes nos produtos que podem definir qual o que se ajusta melhor a cada necessidade.

4 – Radicais livres e a necessidade da vitamina C

Agora que percorremos praticamente todos os detalhes sobre o filtro solar, vamos falar do seu grande aliado na proteção da pele: a vitamina C. Você sabe que quando falamos em cuidados com a pele, estamos preocupados principalmente em atenuar os efeitos do envelhecimento e prevenir doenças, como o câncer.

Nesse contexto, o primeiro e básico passo é a utilização do protetor solar diariamente. Como vimos antes, o filtro vai nos proteger dos raios UV e evitar muitos problemas trazidos por eles. Só que a nossa pele sofre também de outras maneiras.

Além dos malefícios causados pelos raios ultravioleta, existem outros agentes potencialmente nocivos, como os radicais livres – uma espécie de oxigênio gerado em excesso que acaba resultando em um efeito reativo, prejudicando a pele.

Os radicais livres são criados tanto pelo nosso próprio organismo, através de vários processos celulares, quanto ativados por fatores externos, como a poluição, tabagismo, radiação UV e gases atmosféricos. Assim, eles atuam no processo de envelhecimento, pois atingem direta e constantemente células e tecidos, possuindo, além disso, uma ação que vai se acumulando.

Logo, a pele por sua área extensa e exposta a tantos estressores necessita, igualmente, de uma defesa antioxidante. Interessante pensarmos que ela mesma tem essa defesa, produzida naturalmente. O problema é que com o avanço da idade ocorre uma diminuição dessa produção.

É justamente aí que entra a vitamina C: sendo um poderoso antioxidante, ela se apresenta como um antídoto para repor essa nossa capacidade.

A vitamina C só é obtida via alimentação, mas assim seus benefícios demorariam a chegar na pele, por isso sua utilização em cosméticos

Certamente você já deve ter notado que algumas peles têm um viço incrível, um brilho diferente, um maior tônus. Acredite, nem sempre esse conjunto que dá um tom saudável à pele, vem de um procedimento estético feito em uma clínica.

É que ao produzir uma defesa antioxidante, o uso contínuo da vitamina C é capaz de entregar ótimos resultados, como clareamento, melhora na textura e em relação às rugas (pois estimula a síntese de colágeno), bem como na luminosidade. E, mesmo as peles mais maduras, conseguem uma aparência melhorada através de um cosmético contendo vitamina C.

Um extenso número de pesquisas atesta os benefícios trazidos por essa substância conhecida por prevenir e combater os sinais do envelhecimento cutâneo, por isso hoje ela é amplamente utilizada como ativo em diversas formulações.

5 – Vitamina C + filtro solar = pele saudável

Parece simples demais, mas é isso mesmo. Quer sofrer menos com a ação do tempo na pele? Esses dois produtos não farão milagres, afinal, tudo reflete no bem-estar dela – é preciso dormir bem, se nutrir, praticar exercícios, em suma, ter bons hábitos – mas, sim, juntos eles podem garantir uma aparência muito boa.

O combo vitamina C + protetor solar atua bem porque um vai complementar a ação do outro

Como vimos, o filtro solar age principalmente protegendo nossa pele da ação dos raios ultravioleta. No entanto, ele bloqueia apenas 55% dos radicais livres gerados pela exposição a esses raios. Por isso, é recomendado um antioxidante associado. A vitamina C, inclusive, ajuda a reduzir a formação de células de queimadura solar de 40 a 60%.

Outro ponto interessante é que a vitamina C consegue atuar nas camadas mais internas da pele, enquanto o filtro tem uma ação mais concentrada na superfície. Em conjunto, o trabalho deles resulta na conservação das fibras de colágeno e elastina que a pele já possui e na multiplicação de novas fibras e é justamente isso que trará mais firmeza à pele.

Claro que se pode usar um e outro isoladamente, e com bons resultados, mas, se você tem os dois na sua prateleira, experimente a utilização dessa dupla de modo a otimizar sua rotina.

Se você já tem o hábito de cuidar da pele todos os dias, basta, depois de lavar o rosto, aplicar a vitamina C e esperar alguns minutos, passando em seguida o protetor. E, se você costuma usar maquiagem, pode inseri-la ao final de tudo, ou seja, após lavar o rosto, deve posteriormente aplicar a vitamina C, o filtro solar e, por último, a maquiagem.

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Sobre a autora - Patricia Amorim: Mãe de Joana, de Eduardo e de Melissa com um total de 7 anos de experiência em tentativas para engravidar. Ela é a idealizadora da marca Famivita e de um dos maiores portais de maternidade do Brasil, o Trocando Fraldas, que conta mais de 3 milhões usuárias mensais. Seu canal do YouTube possui mais de 250 mil inscritas.