Dor durante o sexo pode ser secura vaginal?

Para a maioria das pessoas, o ideal é que o momento do sexo seja de muita satisfação e prazer, para ambas as partes. Há mulheres, porém, que sofrem por anos sem se dar conta de que sentir certas dores durante o sexo não é normal. E sem informação, acabam tolerando essa condição sem falar sobre isso e muito menos buscar ajuda.

A boa notícia é que essa dor incômoda pode ser até simples de ser resolvida. Um bom lubrificante, por exemplo, pode ajudar com a questão da secura vaginal e deixar o sexo bem mais confortável. E se descoberta a causa da dispareunia, sendo justamente o ato de sentir dor durante ou após o ato sexual, a mulher pode se ver livre desse problema para sempre e voltar a ter uma vida sexual plena e gratificante. Nesse artigo vamos explorar alguns temas relacionados com esse assunto:

A importância da lubrificação
Possíveis causas da dor durante o sexo
Falando sobre secura vaginal

A lubrificação feminina é produzida por glândulas que ficam no colo do útero e no próprio canal vaginal, estimuladas por hormônios produzidos nos ovários. São essas glândulas, chamadas bartholin e skene, que respondem pela secreção vaginal e por aquele líquido aquoso e levemente espesso que surge na vagina, principalmente durante a preparação para a relação sexual.

Uma vagina bem lubrificada é sinal de um corpo saudável e em pleno funcionamento. Além de aumentar as possibilidades de prazer durante a relação sexual, a lubrificação também protege o corpo, evitando infecções e atritos.

Cada mulher lubrifica seu ambiente vaginal de uma forma diferente – o problema realmente começa se o mecanismo responsável pela lubrificação, por algum motivo, não estiver funcionando direito. Nesse caso, em vez de prazer, a mulher passará a sentir dor, e o sexo, ao invés de prazeroso, será algo bem desagradável.

Se as dores são frequentes mesmo com uma vagina bem lubrificada, é importante e necessário consultar um ginecologista, pois são várias as patologias que podem causar esse incômodo. Citaremos as principais, mas enfatizamos que apenas um especialista pode dar um diagnóstico preciso:

• Atrofia Vaginal – Normalmente, o canal vaginal se adapta perfeitamente ao pênis, se esticando o quanto for necessário. Quando ocorre a atrofia, o canal vaginal fica mais estreito e perde a elasticidade, fazendo com que qualquer atividade de penetração se torne desconfortável.

A atrofia vaginal, uma inflamação causada pela falta de estrogênio, também pode aumentar as chances de lacerações e outros tipos de ferimentos na vagina, justamente porque a pele está mais fina. O tratamento pode ser feito por cremes, comprimidos e hidratantes vaginais e terapias hormonais.

• Endometriose – A endometriose se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero (atrás do útero, no fundo de saco vaginal, tubas uterinas e até nas alças intestinais). Os sacos de endometriose sangram e essa aderência na cavidade abdominal pode provocar dor, principalmente se a penetração for profunda e atingir a região do fundo da vagina. Os principais sintomas da endometriose são as cólicas menstruais dolorosas e sangramento em excesso. O tratamento da doença depende de cada caso e varia conforme o estágio da doença.
• Vaginismo – O vaginismo é uma contração involuntária na região perineal, que faz com que ocorra um estreitamento no canal vaginal, tornando a penetração muito dolorida. A mulher não consegue controlar essa contração e sofre até na hora do exame ginecológico. Normalmente, as mulheres com essa condição têm um histórico emocional de abuso e de violência física ou desenvolvem o vaginismo por alguma questão emocional. O tratamento não é feito com remédios, mas sim com terapia, já que é uma questão de ordem psicológica e não tanto física.

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• Síndrome do Intestino Irritável – É um distúrbio intestinal que causa dor na barriga, gases, diarreia e constipação. A dor no sexo acontece porque a doença provoca distensão abdominal, alteração do ritmo intestinal e constipação. A síndrome não tem cura, mas alguns tratamentos paliativos, como mudança na alimentação e auxílio de terapia cognitivo-comportamental ajudam a deixar a doença estabilizada.
• Candidíase – Considerado um problema temporário, a candidíase é uma infecção na vagina ocasionada por fungos, que causa um corrimento espesso e uma irritação local. Ela não é persistente e acontece só em determinado período, mas enquanto está com essa inflamação, a mulher fica com dor na hora da relação sexual. O ideal é que ela busque um ginecologista para fazer o tratamento de forma adequada e não se automedique.
• Herpes – O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que ataca a mucosa da área genital. É uma condição que pode provocar dor nos nervos na região vulvar e resultar em dor na hora do sexo. O ginecologista poderá prescrever a medicação adequada para o tratamento que, normalmente, envolve remédio via oral, banho de assento e pomadas locais.

Embora a dor durante o sexo possa ser algo mais sério, ela também pode ser algo menos complexo, como a secura vaginal – uma condição que acomete cerca de 20% das mulheres. A secura vaginal pode ter várias causas, como, por exemplo, a queda dos níveis hormonais. Se por algum motivo o corpo reduz a produção de estrogênio, isso pode resultar em uma falta de lubrificação, ou seja, em ressecamento vaginal.

Alguns fatores responsáveis pela queda nos níveis de estrogênio são o período da amamentação (pois o corpo produz a prolactina, hormônio responsável por estimular as glândulas produtoras de leite, mas que acaba causando a secura vaginal) e a chegada da menopausa (período em que a produção de hormônios cai drasticamente até se extinguir).

Outro fator que pode causar a secura vaginal é o uso de medicamentos. Mulheres que estão fazendo algum tratamento envolvendo hormônios também estão mais propensas à falta de lubrificação. Alguns tipos de quimioterapia e radioterapia, por exemplo, têm esse efeito colateral.

E a falta de estímulo sexual também pode ser uma grande vilã quando se trata de lubrificação. Muitos casais em processo de engravidar se preocupam demais com a questão da fertilidade, ou seja, o dia da ovulação, e acabam não dando tanta importância para o estímulo sexual. Outros, por já viverem há muitos anos na mesma rotina, não encontram mais tanto ânimo para investir em preliminares. E fazer sexo sem lubrificação e sem vontade é um problema tanto para a relação em si quanto para a saúde da vagina.

E aí a solução é focar nas preliminares. Elas são importantes porque preparam a vagina através da lubrificação para que na hora da penetração ela esteja umedecida o suficiente para receber o pênis sem atritos. Se isso não acontece, há chances de a relação sexual acabar sendo dolorosa.

Há várias formas de resolver o problema da vagina ressecada e aliviar as dores durante o sexo. A solução, obviamente, vai depender do que está causando o ressecamento e também do grau de secura. Alguns medicamentos são bem eficientes, mas precisam da prescrição de um ginecologista para serem usados. Há também tratamentos mais complexos disponíveis, como o laser vaginal e a terapia hormonal.

Antes de partir para soluções mais engenhosas, talvez seja interessante tentar uma opção mais acessível e com bons resultados: o FamiGel é um lubrificante íntimo produzido pela Famivita cuja composição tem pH neutro e minerais. Ele também possui uma consistência semelhante ao muco cervical, ou seja, dá uma sensação natural durante a relação sexual. Além de ser um produto econômico, ele é recomendado pelos ginecologistas. Se o seu problema é secura vaginal, invista em algo que vai te proporcionar bem-estar e deixe a dor para a turma do BDSM!