Estudo: Agosto dourado – A importância da doação de leite humano
Agosto de 2022, estudo feito pela Famivita com mais de 2.400 mulheres entre 08 e 17 de junho de 2022: O leite materno contém propriedades importantes para o crescimento e desenvolvimento do bebê, fortalecendo a sua imunidade contra diversas doenças. E dada a importância da amamentação, em 1992, a WABA – Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e; todos os anos, define um tema a ser explorado e lança materiais que são traduzidos em 14 idiomas com a participação de cerca de 120 países.
A semana mundial da amamentação vai de 1 a 7 de agosto, e este ano tem como tema “Fortalecer a Amamentação: educando e apoiando”. Tendo em vista a relevância do tema, no Brasil o mês de agosto é dedicado à conscientização da importância do aleitamento materno, e é chamado de Agosto Dourado.
Dentre os objetivos do Agosto Dourado está a doação de leite humano, afinal existem bebês prematuros que precisam deste alimento. E toda mulher que amamenta e produz um volume de leite além da necessidade do seu bebê, é uma possível doadora de leite humano. Porém, conforme constatamos em nosso mais recente estudo, 82% das brasileiras que estão em período de amamentação ou que já amamentaram, nunca doaram o seu leite para um banco de leite humano. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 90% das participantes.
Conforme constata a rBLH Brasil – Rede Global de Bancos de Leite Humanos, evidências científicas indicam que bebês prematuros e/ou com patologias que se alimentam de leite humano no período de privação da amamentação, possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável.
Doar leite materno é um gesto que salva vidas, e um litro de leite humano pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. Ainda, dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que for alimentado. Porém, conforme constatamos, 47% das brasileiras não sabem sobre esta informação.
- Entre as mulheres dos 25 aos 29 anos, 50% não sabem que um litro de leite humano pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia.
- No Rio Grande do Sul, 54% das mulheres não sabem sobre esta informação.
- Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, 53% não sabem sobre a importância de um litro de leite humano para recém-nascidos.
- E no Distrito Federal, o percentual cai para 47% das entrevistadas que não sabem sobre este fato.
Dado o baixo percentual de mulheres que já doaram leite humano, o percentual de participantes que conhecem outras mulheres que já doaram leite humano, também é baixo. Somente 36% das brasileiras conhecem alguém que já doou seu leite para um banco de leite humano.
- Principalmente as mulheres dos 35 aos 44 anos, com 44% das participantes afirmando conhecer alguém que já doou leite humano.
- No Rio Grande do Sul, 31% das participantes conhecem doadoras de leite humano.
- No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, pelo menos 34% têm conhecidas que doam leite.
- Já em São Paulo e em Minas Gerais, 37% das entrevistadas conhecem mulheres que doam leite para bancos de leite humano.
- 1. Roraima
- 2. Paraíba
- 3. Maranhão
- 4. Rondônia
- 5. Amazonas
- 6. Goiás
- 7. Acre
- 8. Bahia
- 9. Mato Grosso do Sul
- 10. Ceará
- 11. Pará
- 12. Amapá
- 13. Distrito Federal
- 14. Espírito Santo
- 15. Minas Gerais
- 16. Paraná
- 17. Piauí
- 18. Santa Catarina
- 19. São Paulo
- 20. Rio de Janeiro
- 21. Alagoas
- 22. Rio Grande do Sul
- 23. Pernambuco
- 24. Tocantins
- 25. Mato Grosso
- 26. Sergipe
- 27. Rio Grande do Norte
O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 2.400 mulheres entre 08 e 17 de junho de 2022. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet.
As seguintes questões foram abordadas:
- Você sabia que um litro de leite humano pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia?
- Você já doou o seu leite para algum banco de leite humano?
- Você conhece alguma mulher que doa ou já doou seu leite para algum banco de leite humano?
Para efeitos de comparar os resultados entre regiões e estados, as respostas das perguntas afirmativas foram contabilizadas em números, 1 para “sim” e 0 para “não”. Algumas perguntas, com objetivo de obter resultados mais qualitativos, foram elaboradas com mais opções.