Estudo: Coronavírus
E o impacto financeiro para as mães brasileiras
Julho de 2020, estudo feito pela Famivita com mais de 7.500 mulheres entre 27 e 28 de julho de 2020: O aumento de casos de coronavírus no Brasil afetou fortemente o mercado de trabalho e provocou o fechamento de diversas atividades econômicas no país. O Ministério da Economia divulgou dados da Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que apontam que o Brasil perdeu 1.198.363 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020.
Além disso os dados ainda demonstram que 7.916.639 pessoas foram demitidas. E, a Famivita, em nosso mais recente estudo, constatou que 35% das brasileiras perderam seus empregos durante a pandemia, incluindo as trabalhadoras informais. De todas as faixas etárias, as mais jovens entre 18 e 24 anos, foram as mais afetadas. Para referência, antes da pandemia, pelo menos 53% das entrevistadas tinham um trabalho.
A pandemia por coronavírus provocou um embate no Brasil, manter uma quarentena rígida, ou adotar medidas mais flexíveis para limitar o impacto econômico da crise? O impacto já está sendo sentido, conforme mencionamos acima, 35% já perderam seus empregos. E não bastasse isso, 47% das brasileiras também perderam renda, de forma direta ou indireta, desde que a quarentena começou. Esse percentual é maior do que o das mulheres que perderam seus empregos!
- As mães com filhos pequenos são as que mais estão sentindo os impactos com a perda de seus empregos, sendo que 39% delas estão desempregadas e 52% perderam renda.
- As grávidas também estão sofrendo com a crise, e 34% delas perderam seus empregos, desde que a pandemia começou.
- Até mesmo mulheres que não trabalhavam antes, acabaram perdendo renda de forma indireta, com a perda por parte de membros da família.
- Outro ponto a ser considerado, é que até mesmo as participantes que ainda possuem emprego, acabaram perdendo renda, 47% delas.
- Embora em Santa Catarina, somente 28% das mulheres perderam o emprego, metade delas, perdeu renda.
- A mesma coisa acontece no Rio Grande do Sul, embora 31% das participantes perderam o emprego, 51% sofrem com perda de renda.
- Já no Amazonas os números são balanceados e 61% das entrevistadas perderam o emprego, e 58% perderam renda.
- No Rio de Janeiro, 35% perderam seus empregos, sendo que 45% perderam renda.
Diante da pandemia a responsabilidade pela sobrevivência dos brasileiros fica de certa forma, nas mãos do governo, que através do Auxílio Emergencial conseguiu chegar à 80% dos lares mais pobres do país; e a 85,2% daqueles com renda domiciliar per capita de até R$ 242,15. Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são referentes ao mês de junho de 2020; conforme demonstrados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19.
- Dentre todas as entrevistadas 46% receberam esse auxílio do governo.
- Porém, o auxílio não foi disponibilizado para quase metade dos participantes.
- Para 57% das famílias com filhos pequenos, ele foi entregue.
- As mulheres também foram as que mais receberam em comparação aos homens, 47% elas e 42% eles.
- O Acre foi o estado em que mais pessoas receberam o auxílio, com 62% da população.
- No Espírito Santo e na Bahia, pelo menos metade dos participantes estão usufruindo deste benefício.
- No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 47% e 44% receberam o auxílio respectivamente.
- Já em São Paulo, estado com mais mortes, 44% das participantes receberam ou recebem o auxílio emergencial do governo.
- O estado que menos recebeu o auxílio entre as participantes é Santa Catarina, com 39%.
auxílio emergencial do governo
- 1.Acre
- 2.Rio Grande do Norte
- 3.Amapá
- 4.Pará
- 5.Paraíba
- 6.Pernambuco
- 7.Maranhão
- 8.Ceará
- 9.Bahia
- 10.Rondônia
- 11.Espírito Santo
- 12.Mato Grosso do Sul
- 13.Amazonas
- 14.Roraima
- 15.Piauí
- 16.Rio de Janeiro
- 17.Tocantins
- 18.Mato Grosso
- 19.Alagoas
- 20.Minas Gerais
- 21.São Paulo
- 22.Paraná
- 23.Distrito Federal
- 24.Sergipe
- 25.Goiás
- 26.Rio Grande do Sul
- 27.Santa Catarina
O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 7.500 mulheres entre 27 e 28 de julho. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet com as seguintes perguntas:
- Você tinha um emprego antes da pandemia?
- Você perdeu seu emprego durante a pandemia?
- Você perdeu renda durante a pandemia?
- Você recebe ou recebeu o auxílio emergencial do governo?