Estudo: Coronavírus
Impactos nas mulheres e famílias
Maio de 2020, estudo feito pela Famivita com mais de 16.500 brasileiros entre 15 e 18 de maio de 2020: Com o aumento de casos de coronavírus no Brasil, e as mortes causadas pela pandemia, está claro que o medo da população vem crescendo igualmente. Os governos dos estados vêm adotando medidas de prevenção, como o isolamento social, e o fechamento de locais públicos, como é o caso das escolas, creches e instituições de ensino superior.
Com isso, as famílias brasileiras tiveram que adaptar sua rotina de forma repentina. Sem as escolas e creches, as crianças ficam em casa o tempo inteiro. E, conforme aponta o nosso mais recente estudo, 66% das mães sentem que seus filhos sofrem com a nova rotina que surgiu com a pandemia. Entre os pais com filhos mais velhos, o sofrimento alcança 3 em cada 4 crianças.
Mesmo com as medidas de prevenção adotadas no país, percebemos que 4 em cada 5 das famílias brasileiras têm medo de serem infectadas com o vírus em instituições de saúde. Ou seja, evitam ir ao hospital ou postos de saúde ao máximo. Esse medo independe da idade, e é 9% maior entre as mães; Afinal, elas não podem ficar doentes, pois precisam cuidar de seus filhos. Sendo assim, outros problemas de saúde são negligenciados, exames não são feitos, e falta prevenção para o câncer ou doenças infecciosas, por exemplo.
saúde no momento por causa do coronavírus?
- No Acre e em Roraima, pelo menos 90% das entrevistadas têm medo de ir à um hospital ou posto de saúde no momento, por causa do vírus.
- Na Bahia, 85% da população está com medo de comparecer à algum hospital ou instituição de saúde.
- Já em Santa Catarina, o medo é um pouco menor, e 72% das participantes têm medo de ir ao hospital.
- Além do medo de ir a hospitais, 58% da população considera um risco à saúde o comportamento inadequado que algumas pessoas adotam e que podem aumentar o número de casos.
Neste momento de crise, o planejamento financeiro familiar é muito importante. As famílias que possuíam uma reserva de emergência podem ficar um pouco mais tranquilas, pois podem suprir suas necessidades básicas e de seus filhos. Porém, a realidade do Brasil é diferente, tendo em vista que milhares de mães estão sem trabalhar, pois estão com os filhos em casa, e recebendo somente a ajuda do governo, que nem sempre é suficiente. Além disso, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias com dívidas bateu recorde em abril de 2020, alcançando 66,6%.
Constatamos em nossa pesquisa que a preocupação com a família é um dos motivos que faz com que metade das mães queiram que o governo reabra a economia o quanto antes. Essa vontade é maior entre mulheres jovens e menos afetadas.
- Infelizmente, 82% das mães já estão sentindo o impacto financeiro negativo por perda de renda, justamente porque precisam ficar em casa com os filhos.
- Rio de Janeiro e Tocantins são os estados mais afetados, sendo que pelo menos 85% das famílias já perderam renda direta ou indiretamente.
- Em São Paulo e na Bahia o percentual de afetados também é alto, com 81% das participantes. Já no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul é de 80%.
- Além disso, o impacto na renda faz com que 84% das mulheres não tenham condições financeiras de fazer um teste de farmácia para saber se tem o coronavírus. Dependem do SUS, o que faz o medo dessas mães aumentarem ainda mais.
- 1.Tocantins
- 2.Rio de Janeiro
- 3.Roraima
- 4.Pará
- 5.Distrito Federal
- 6.Ceará
- 7.Piauí
- 8.Rondônia
- 9.Alagoas
- 10.Paraíba
- 11.Sergipe
- 12.Acre
- 13.Paraná
- 14.Goiás
- 15.São Paulo
- 16.Bahia
- 17.Rio Grande do Norte
- 18.Santa Catarina
- 19.Pernambuco
- 20.Minas Gerais
- 21.Mato Grosso
- 22.Espírito Santo
- 23.Rio Grande do Sul
- 24.Maranhão
- 25.Amapá
- 26.Mato Grosso do Sul
- 27.Amazonas
- No Espírito Santo, 73% das mães relataram que seus filhos sofrem com a nova rotina que surgiu com a pandemia.
- Já no Rio Grande do Sul as entrevistadas não perceberam tanto esse impacto em seus filhos, sendo que somente 55% estão sentindo.
- Em São Paulo, estado mais afetado com o vírus, 68% das famílias sentem o sofrimentos de seus filhos. Já no Rio de Janeiro, segundo estado mais afetado, 69% das participantes percebem esse desconforto.
- As mães, é claro, são as mais preocupadas com essa mudança de rotina repentina na vida de seus filhos, e representam mais da metade das entrevistadas.
O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 16.500 brasileiros entre 15 e 18 de maio. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet com as seguintes perguntas:
- Você tem medo de ir para um hospital ou posto de saúde no momento por causa do coronavírus?
- Você sente consequências econômicas negativas por conta do coronavírus?
- Você tem condições de fazer um teste rápido para covid-19 de R$200 em farmácia?
- Seu(s) filho(s) sofrem com nova rotina?