Estudo: Coronavírus
O impacto da pandemia no planejamento familiar
Novembro de 2020, estudo feito pela Famivita com mais de 11.800 mulheres entre 8 e 12 de outubro de 2020: A pandemia do coronavírus trouxe incertezas para muitos lares brasileiros. As famílias que antes tinham o sonho de engravidar pela primeira vez ou novamente, tiveram que mudar um pouco seus planos. Já para outras que dependem do sistema de saúde, o acesso aos métodos contraceptivos ficou mais difícil, o que aumenta o número de gestações não planejadas.
Como consequência, as famílias viram a necessidade de se adaptar ao momento em questão, e mudar seu planejamento familiar. A Famivita, em nosso mais recente estudo, constatou que 55% dos brasileiros tiveram que rever seus planejamentos familiares desde que a pandemia começou.
devido à pandemia?
- Nosso estudo também constatou que a alteração do planejamento familiar afetou principalmente as famílias que perderam renda durante a pandemia, 65% delas.
- Além disso, as grávidas, estão entre as que mais alteraram seus planejamentos, com 60% das participantes.
- Até mesmo os participantes que têm plano de saúde alteraram seus planos familiares, 57%.
- Entre o público do site, que é em sua grande maioria composto por grávidas e tentantes, pelo menos 46% das mulheres não pretendem engravidar nos próximos 12 meses.
Outro impacto que vem sendo sentido com a pandemia é o econômico. Dados recentes do IBGE demonstram que a taxa de desemprego acelerou no fim de junho, com o fechamento de mais de 1,5 milhões de vagas de trabalho. Já entre as empresas, pelo menos 522 mil suspenderam suas atividades ou fecharam.
Por isso, conforme constatamos no estudo, 64% dos brasileiros perderam renda durante a pandemia. Como reflexo, cerca de 11 milhões de famílias possuem alguma dívida, conforme aponta um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Além disso, o endividamento bateu recorde em agosto.
- A perda de renda é maior em famílias que possuem filhos, com 67% dos entrevistados.
- Ainda, tendo em vista que as crianças estão em casa de quarentena, as mulheres são as que mais sofrem com a perda de renda, 65% delas, pois precisam ficar em casa cuidando dos filhos.
- Entre as grávidas, pelo menos 67% perderam renda de forma direta ou indireta.
- Pernambuco é o estado em que as famílias mais perderam renda, com 71% dos participantes.
- Já no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, pelo menos 68% dos entrevistados sofrem com a perda de renda.
- O estado que foi menos afetado com a perda de renda é Rondônia, com 54% da população.
- 1.Pernambuco
- 2.Roraima
- 3.Amazonas
- 4.Amapá
- 5.Bahia
- 6.Rio de Janeiro
- 7.Espírito Santo
- 8.Ceará
- 9.Pará
- 10.Tocantins
- 11.Maranhão
- 12.Sergipe
- 13.Distrito Federal
- 14.São Paulo
- 15.Goiás
- 16.Alagoas
- 17.Mato Grosso
- 18.Minas Gerais
- 19.Piauí
- 20.Paraná
- 21.Santa Catarina
- 22.Rio Grande do Sul
- 23.Acre
- 24.Paraíba
- 25.Mato Grosso do Sul
- 26.Rio Grande do Norte
- 27.Rondônia
- O Tocantins é o estado em que mais pessoas alteraram o planejamento familiar, com 65% da população.
- Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, 56% das famílias mudaram seus planejamentos.
- Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, pelo menos 54% dos participantes passaram por essas alterações.
- O estado que menos teve alterações foi o Acre, com somente 35% da população.
O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 11.800 pessoas entre 8 e 12 de outubro. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet com as seguintes perguntas:
- Você perdeu renda durante a pandemia?
- Você(s) pretende(m) engravidar nos próximos 12 meses?
- Você alterou seu planejamento familiar devido à pandemia?