Estudo: Perda Gestacional – Buscar ou não ajuda psicológica?



Maio de 2022, estudo feito pela Famivita com mais de 4.700 mulheres entre 25 de abril e 03 de maio de 2022: Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano, em média 15% do total; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021.

E conforme constatamos em nosso mais recente estudo, 27% das brasileiras já sofreram aborto. Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 41% das entrevistadas. Já entre as mulheres dos 30 aos 34 anos, pelo menos 36% já passaram por esta grande perda.

Você já sofreu aborto?
Além da perda física

Um abalo como o aborto é capaz de gerar muitos traumas e problemas psicológicos. E mesmo que a mulher se julgue como alguém que superou tudo que passou, isso pode ser um equívoco; e mais tarde os traumas e medos podem desenvolver surtos de pânico, ansiedade ou até mesmo uma depressão.

Por isso, o acompanhamento psicológico é muito importante para a mulher depois que ela sofre uma perda. Porém, dentre as mulheres que já sofreram uma perda gestacional, somente 22% buscaram atendimento psicológico. Principalmente as mulheres dos 30 aos 39 anos, com 24% das entrevistadas.

Você buscou atendimento psicológico?

  • O Espírito Santo está entre os estados em que mais mulheres buscaram ajuda psicológica, com 38% das entrevistadas.
  • Já em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, 27% das participantes se consultaram com um psicólogo após sofrer uma perda.
  • No Rio de Janeiro, pelo menos 25% procuraram ajuda psicológica; e em São Paulo, 18%.
  • Goiás é o estado com o menor número de mulheres que buscam ajuda psicológica, com 9% das participantes.
Não é preciso lidar com a perda sozinha

A mulher que passa por um aborto precisa entender que não está sozinha, porém, nem sempre o seu entorno consegue proporcionar este tipo de ajuda. Por isso, com o atendimento psicológico ela terá o acompanhamento e direcionamento adequados para conseguir superar a sua perda, e continuar suas tentativas, caso assim o deseje.

Dentre as mulheres que buscaram um atendimento psciológico após sofrer um aborto, 80% concordam que foi relevante para a situação que estavam passando.

  • Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 89% das participantes afirmando que o atendimento psicológico ajudou.
  • Já entre as mulheres dos 25 aos 29 anos, pelo menos 83% sentiram-se ajudadas após buscarem ajuda psicológica.
  • Em São Paulo 88% das participantes concordam que o atendimento psicológico foi relevante para a situação.
  • Já no Rio de Janeiro o percentual é de 83%. E em Minas Gerais, é 75%.
  • Ainda, entre as mulheres que não buscaram ajuda psicológica, 51% acreditam que teria sido relevante para a situação.
Ajuda acessível

Um dos motivos que podem fazer as mulheres não buscarem ajuda psicológica após sofrer uma perda, é o financeiro. Afinal, nem sempre os atendimentos cabem no bolso das brasileiras, e não é fácil encontrá-lo no sistema de saúde pública.

É por isso que os atendimentos online podem ser uma ótima opção. Com a consulta psicológica para tentantes, a mulher pode fazer todas as sessões em casa, basta ter um dispositivo com acesso à internet. Além disso, o custo das sessões é acessível e abaixo dos preços no mercado.

A mulher poderá conversar com um profissional qualificado, dentro do conforto da sua casa, com todo o sigilo que deseja e sem se preocupar em pagar muito pela consulta. Ainda, poderá superar os momentos difíceis que passou, e seguir suas tentativas de uma forma mais saudável.

Índice dos estados que brasileiras já sofreram aborto
Ranking dos estados que brasileiras procuraram ajuda psicológica
após a perda gestacional
  • 1. Acre
  • 2. Espírito Santo
  • 3. Alagoas
  • 4. Amazonas
  • 5. Rio Grande do Norte
  • 6. Amapá
  • 7. Paraíba
  • 8. Minas Gerais
  • 9. Rio Grande do Sul
  • 10. Mato Grosso
  • 11. Rio de Janeiro
  • 12. Piauí
  • 13. Maranhão
  • 14. Ceará
  • 15. Roraima
  • 16. Paraná
  • 17. Bahia
  • 18. São Paulo
  • 19. Pará
  • 20. Santa Catarina
  • 21. Distrito Federal
  • 22. Sergipe
  • 23. Mato Grosso do Sul
  • 24. Pernambuco
  • 25. Rondônia
  • 26. Tocantins
  • 27. Goiás
Método de Pesquisa

O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com mais de 4.700 mulheres entre 25 de abril e 03 de maio de 2022. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet.

As seguintes questões foram abordadas:

  • Você já sofreu aborto?
  • Você buscou atendimento psicológico?
  • Você acredita que foi relevante para a sua situação?
  • Você acredita que teria sido relevante para a sua situação?

Para efeitos de comparar os resultados entre regiões e estados, as respostas das perguntas afirmativas foram contabilizadas em números, 1 para “sim” e 0 para “não”. Algumas perguntas, com objetivo de obter resultados mais qualitativos, foram elaboradas com mais opções.