Eu e minha companheira estávamos tentando engravidar desde 2015, através de inseminação caseira. Um procedimento simples que, se feito direitinho, pode dar certo, assim como deu para nós! Enfim, em 2015 eu acabei engravidando, mas não sabia, não senti. E isso acarretou em um aborto espontâneo. O sangramento e a notícia me pegaram de surpresa.
Mesmo com essa notícia triste, continuei focada em engravidar e resolvi fazer pesquisas na internet, ouvir relatos de outras tentantes e partilhar a minha história, em busca de ajuda. Nunca me submeti a tratamentos, porque eles não cabiam no meu orçamento, mas descobri alguns produtinhos no Dr. Google (risos), com relatos de mulheres que receberam seus positivos na primeira experiência e resolvi que valia a pena investir. Foi assim que conheci o indutor de ovulação, o gel lubrificante FamiGel, específico para engravidar, e o óleo de prímula.
Depois que os produtos chegaram em casa, resolvi fazer uma tentativa de usá-los seguindo as instruções; porém, eu e minha esposa dependíamos de um outro fator determinante: um doador de sêmen.
Às vezes arranjávamos um amigo disposto a dar uma força, mas na hora H, surgia algum compromisso, ele furava e acabava nos deixando na mão. Era tão frustrante!
Foram cerca de quatro anos tentando conciliar as agendas dos possíveis doadores com a minha, para dar certo a inseminação caseira. Fiz muitos exames e num desses descobri uma alteração na tireoide, que também pode atrapalhar o processo. No mesmo mês que eu comecei a tratar deste problema, tive a oportunidade de usar todos os produtos de auxílio à gravidez bem certinho. Tomei um comprimido por dia da vitamina para engravidar FamiPré e do óleo de prímula, durante o período fértil, como indicado. O objetivo era aumentar a produção do muco cervical em quantidade e qualidade, uma vez que ele ajuda a conduzir o espermatozoide de forma mais rápida até encontrar o óvulo. No dia da inseminação, enquanto o sêmen era coletado, apliquei o gel lubrificante e hoje não tenho dúvida de que seguir esses passos me deram a melhor resposta da minha vida.
O método de inseminação caseira é pouco falado, mas muito feito, tanto nos EUA como aqui no Brasil. Além disso, até casais héteros também fazem. É quase a mesma coisa da inseminação artificial, mas a diferença é que você não precisa ir para o hospital, não precisa de médico, não precisa ser perfurada, nada disso.
É muito importante que tanto a tentante quanto o doador do esperma estejam com todos os exames em dia. Além disso, os exames também servem para indicar se o esperma do doador está saudável.
Eu e minha esposa contamos nossa história para um amigo que se propôs a doar o sêmen. Na hora da prática, ele colocava o sêmen dentro de um potinho, desses que são usadas para fazer teste de urina, e que podem ser comprados na farmácia. Ele tinha que fazer isso muito rápido, tendo em vista que o espermatozoide não pode ter contato com o ar, pois pode morrer em poucos minutos.
Depois disso, eu pegava uma seringa esterilizada, sem agulha é claro, tirava o semên do pote o mais rápido que eu pudesse e injetava a seringa o mais fundo possível, para chegar bem perto do útero. É bem tranquilo, e eu fazia esse procedimento no período fértil, quando estava próximo da ovulação. Depois disso, era só torcer!
Muitas vezes sonhei que fazia o teste e dava positivo, me imaginava fazendo o exame de sangue e lendo – positivo.
Quando de fato isso aconteceu, parecia que nada era real. No fundo, eu não queria me alegrar sem ter total certeza. Fiz o teste de farmácia antes mesmo da menstruação atrasar e deixei com a minha esposa. Foi ela que descobriu o resultado. Dias depois, fiz o exame de sangue e confirmamos. Justamente quando estava usando o óleo de prímula, a vitamina e o lubrificante o sonhado positivo chegou. Foi incrível, eu fiquei em êxtase!
Confesso que estava bem insegura, com receio de perder o bebê. Acho que isso passa na cabeça de todas as mulheres que já sofreram um aborto.
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