Muito se fala dos cuidados durante a gravidez e até mesmo sobre os cuidados do bebê, mas e os cuidados com a mulher após o parto, incluindo o anticoncepcional pós-parto? Como é a adaptação do corpo da mulher depois de um parto para tomar uma pílula? Qual é o melhor momento para começar a tomar?

O anticoncepcional pós-parto pode prejudicar o bebê? Dúvidas como essas são muito frequentes para as famílias que acabaram de ter um bebê, mas para saber exatamente a resposta para elas, é necessário entender o funcionamento da pílula anticoncepcional.

Como Funciona a Pílula Anticoncepcional?

Trata-se de um tipo de medicação que inibe a ovulação1, o que significa que a mulher “pula” o período fértil, além de também impedir a dilatação do colo do útero, o que dificulta a entrada de espermatozoides o útero.

Ela tem 98% de eficácia, mas para funcionar, precisa ser tomada regularmente. Quando uma mulher já está muito acostumada com um tipo de anticoncepcional por anos, é possível que o colo do útero fique mais fechado e que haja certa dificuldade para um casal que está tentando ter filhos engravidar. Apesar disso, ele não causa infertilidade na mulher, sendo essa dificuldade, se existir, apenas temporária.

Quando Começar a Tomar o Anticoncepcional Pós-Parto?

Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, porque depende muito do tipo de anticoncepcional que estamos falando. Se falarmos, por exemplo, das pílulas que contém estrógenos, a resposta é que a mulher só deve tomar após terminar de amamentar o seu bebê2.

Isso porque esse tipo de pílula contém hormônios que podem sair no leite e afetar a saúde da criança que está sendo amamentada. Os anticoncepcionais mais conhecidos possuem uma mistura de estrógeno e progesterona, pois é a forma mais simples de obter os efeitos desejados.

O mais recomendável é que a mulher tome pílulas que contém apenas progesterona. Esse anticoncepcional pós-parto é de uso contínuo, ou seja, a mulher deve tomar todos os dias. Porém possuem também alguns efeitos colaterais como:

  • Inibição da Menstruação – A mulher pode não menstruar, ou pode ter pequenos sangramentos menores do que os de menstruação, mas por um período um pouco maior.
  • Diminuição da Libido – É um efeito colateral do anticoncepcional pós-parto a base apenas de progesterona.

Existem também outros métodos que podem ser adotados, como a injeção de progesterona, que pode ser tomada ou uma vez por mês ou uma vez a cada três meses. As vantagens dela sobre a pílula é que a mulher não precisa ficar lembrando todos os dias de tomar, o que evita o problema do esquecimento, além de funcionar muito bem para as mães que estão amamentando.

É sempre importante conversar com um médico especialista para saber qual é a melhor pílula para se tomar e o que fazer quanto aos efeitos colaterais causados por elas. A verdade é que cada mulher deve adotar um método contraceptivo de acordo com as necessidades do seu corpo e de como se sentir no momento de tomar essas medicações.

São muitas as questões a serem levadas em conta quando falamos de um anticoncepcional pós-parto, pois não estamos falando apenas da mulher, mas também de como o bebê pode ser afetado com isso.

Outros Métodos Contraceptivos

Além da pílula anticoncepcional pós-parto, o casal também pode usar outros métodos para prevenir uma gravidez indesejada, como:

  • Preservativos – Tanto as camisinhas masculinas quanto femininas têm eficácia muito grande e podem ser usadas sem problemas enquanto uma mulher está amamentando.
  • Diafragma – Também funciona muito bem para as mães que não querem tomar nenhum tipo de medicamento, mas são mais eficazes quando combinados com um espermicida, que também não faz mal à mãe nem ao bebê que está sendo amamentado.
  • SIU – É uma sigla para Sistema Intrauterino com Hormônio e é indicado para mulheres que acabaram de ter filhos, pois pode ser colocado apenas 40 dias após o parto. Seu funcionamento é muito parecido com o do DIU e tem uma eficácia grande3.

Como você pode perceber, existem diversos métodos que podem ser adotados como um anticoncepcional pós-parto. Por isso, é possível pensar em diversas maneiras de se proteger e de não ter nenhuma surpresa e, ao mesmo tempo, não prejudicar o início da vida do bebê, sua relação com a mãe e nem a saúde de nenhum dos dois.

A recomendação dos médicos é que um casal espero pelo menos 6 meses do nascimento de um filho para poder engravidar de novo. E ainda que maioria dos casais não pensa em ter outro filho logo após de ter um, esse é um risco que se pode correr se precauções não forem tomadas.

Por isso, é sempre importante saber quais são os melhores métodos contraceptivos a serem usados durante a amamentação de um bebê e quais são os tipos de pílulas que podem sem tomadas ou não. Sabendo disso, fica muito mais fácil se prevenir e se organizar para conseguir cuidar bem do seu bebê sem ter maiores preocupações.

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Foto: EME