Anticoncepcional é sempre a melhor opção para quem está de volta à atividade sexual, logo após o nascimento do bebê. Quando o resguardo termina e o sexo volta para a vida da “puerperante”, deve-se tomar todas as precauções possíveis para evitar sustos e também a temida gravidez emendada. A amamentação é a fase mais importante para mamãe e bebê1. Além de fortalecer sem igual o bebê, a mulher tem a recuperação do parto favorecida. Mas você sabe qual é o anticoncepcional para quem amamenta?

Medicamento ideal

Em primeiro lugar devemos lembrar que toda e qualquer medicação, inclusive o anticoncepcional pós-parto, deve ser sob orientação médica. Mas para quem está nesta fase ter uma ideia do que a espera, vamos listar os anticoncepcionais mais apropriados durante a amamentação.

O anticoncepcional na amamentação é indicado com a formulação de apenas um hormônio. A grande maioria deles é a base de progesterona sintética. Esse hormônio natural do corpo da mulher previne a gravidez, mas também é o ideal para colaborar para a continuidade do leite materno até quando a mulher queira amamentar. Ele é seguro e também de fácil acesso. Porém, a forma com que se toma é diferente e indicada pelo médico que acompanha a mulher2.

Anticoncepcionais mais conhecidos e usados:

Cerazette: Pílula contínua sem pausas à base de progesterona sintética. O princípio ativo dessa pílula é o progestágeno isolado desogestrel.

Micronor: À base de Noretisterona, também uma derivada da progesterona, traz em sua cartela 35 pílulas. A indicação é que seu uso seja contínuo. A Micronor é apropriada para quem deu à luz recentemente e está retomando a contracepção, pois é uma pílula de baixa dosagem hormonal.

Minipil: Também à base de progesterona, a Minipil é relativamente nova no mercado, mas tem ganhado cada vez mais adeptas pela sua eficiência e baixo custo. Além disso, também é indicado para parturientes e lactantes.

Depo Provera: Não confunda com a Provera! Esse é um medicamento injetável e também à base de progesterona como a Provera, porém é de efeito prolongado. A Depo Provera dura cerca de três meses no organismo. Seus prós prometem superar os contras, porém deve ser uma escolha em conjunto com seu médico para medir o “custo”x benefícios. Como todo medicamento injetável, a Depo Provera não pode ser interrompida no meio do tratamento caso alguma coisa saia do controle. Deve-se esperar o prazo recomendado e então retomar com outra formulação ou forma de contracepção.

Os prós e contras dos anticoncepcionais na amamentação

Como qualquer outro anticoncepcional, o anticoncepcional para lactantes em forma de pílula ou injetável pode trazer efeitos colaterais3. Alguns desses efeitos incluem sonolência, aumento e sensibilidade das mamas, aumento de peso e também escapes. Aliás, o escape é o mais comum dos efeitos colaterais de qualquer pílula à base de progesterona.

Efeitos colaterais

O seu excesso ou diminuição pode causar esses borrões marrons por alguns dias. Caso seja persistente, o médico deve ser consultado para reajuste da dosagem ou troca da marca do anticoncepcional para lactante. Esse ajuste costuma surtir efeito quando o escape é persistente. Os demais sintomas são variáveis e só podem ser sentidos de organismo para organismo.

Dores nas pernas, sensação de peso e inchaço abdominal também são recorrentes. A diferença de aceitação da progesterona e também da dosagem varia, pois cada organismo precisa de uma quantia mínima de medicamento para funcionar. A progesterona, para quem está amamentando, costuma ser em doses bem baixas, serve apenas para inibir a ovulação.

IMPORTANTE: Não é aconselhado utilizar o mesmo anticoncepcional de uma amiga, conhecida ou familiar que esteja amamentando. Ele pode não ser o ideal para você pela dosagem da progesterona e pela variação do processamento do hormônio ainda na fabricação.

Indicação do obstetra

Os cuidados a se tomar na época em que se retoma à vida sexual é retornar ao obstetra que fez o seu parto e solicitar a medicação ideal para o seu corpo. Após isso, tomar pelo menos 28 dias o anticoncepcional, mesmo na amamentação, antes de ter relações desprevenidas e liberar geral.

O corpo leva um tempo para reagir à medicação contraceptiva e o ideal é esperar ou tomar cuidados nestes primeiros dias com a nova medicação. Há mulheres que se adaptam muito bem a esse tipo de anticoncepcional na amamentação. Porém, outras têm efeitos colaterais como dores de cabeça, inchaço, cólicas e outros problemas. De um modo geral, esse tipo de medicamento é bem aceito e tolerado pelo organismo.

Vale à pena conversar com seu médico também sobre outras formas anticoncepcionais, como o DIU (hormonal ou não) e até mesmo um implante. Devemos lembrar que quem amamenta tem menores chances de engravidar rapidamente, principalmente no primeiro e segundo mês pós parto. Mas ainda sim é possível que aconteça! Anticoncepcional trará à sua vida nova sexual mais tranquilidade. Aproveite com segurança e sem grilos!

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