Estudo: Reforma da Previdência retira "proteção à gestante" da Constituição

Com as discussões em torno da Reforma da Previdência, diversas mudanças passam a ser avaliadas para saber quais serão as perdas e ganhos para cada beneficiado. As gestantes, por exemplo, passam a perder a “proteção à maternidade, especialmente à gestante”, garantida pela Constituição. Com este ponto de partida o site Trocando Fraldas, portal informativo e interativo para quem busca conteúdo de qualidade relacionado à saúde reprodutiva masculina e feminina, desenvolveu uma pesquisa para saber a opinião e avaliar o impacto desta mudança na vida das mulheres que possuem, ou que pensam em ter filhos.

Perguntas

As seguintes questões foram abordadas:
  1. Você sabia que a reforma da previdência tira a "proteção à gestante" das regras previdenciárias?
  2. Você acredita que retirar a estabilidade durante e após a gestação é justo, por exemplo?
  3. Você acha que o futuro profissional da mulher pode sofrer com essa nova proposta?
  4. Caso entre em vigor você acha que haveriam mais demissões entre mulheres grávidas?

Resultados

Para efeitos de comparar os resultados entre regiões e estados, as respostas das perguntas afirmativas foram contabilizadas em números, 1 para "Sim" e 0 para "Não".

Os resultados podem ser observados pelos gráficos a seguir:

Sabiam da alteração da Reforma da Previdência

  • A maioria das brasileiras sequer sabiam da mudança das regras previdenciárias.
  • Apenas uma em cada 8 mulheres tinham conhecimento da alteração.

Retirar a estabilidade da gestante é justo?

  • 7 em cada 8 mulheres pensam que a possibilidade de retirar a estabilidade durante a gestação e nos 5 meses após a volta da licença-maternidade é injusta.
  • Por outro lado, 15% delas considera isso justo.

O futuro profissional da mulher pode ser prejudicado?

  • Sobre o futuro profissional da mulher, 76% das entrevistadas já temem o resultado da reforma.
  • Enquanto isso, 24% delas não vê a mudança como uma preocupação para o próprio futuro profissional.

Mais demissões de mulheres aconteceriam?

  • 84% já prevê um aumento nas demissões entre grávidas por conta da perda da estabilidade.

Índice por estado das mulheres que sabiam da alteração nas regras previdenciárias para gestantes

  • Estados das regiões Norte e Nordeste do país registraram um número maior de mulheres que sabiam da alteração, quando há comparação com outras regiões.

Futuro Profissional

  • Entrevistadas da região Centro-oeste registraram o maior índice de preocupação com o futuro profissional, com 80%.

Método de Pesquisa

O estudo teve abrangência nacional e foi realizado com quase 10 mil entrevistadas no período de 13 a 17 de maio de 2019. O método de coleta de dados foi feito por meio de questionário em formulário na internet.