Outubro de 2023, estudo feito pela Famivita com 2.500 participantes entre 11 e 25 de setembro de 2023: Novembro Azul, Setembro Amarelo, Março Lilás... Cada mês recebe simbolicamente uma cor que vem destacar como é essencial cuidar da nossa saúde. Nesse sentido, podemos dizer que o ano todo é permeado pela tônica da prevenção. Ela, aliás, é usualmente enfatizada pela OMS, que preconiza que cada interação de saúde deve sempre incluir a prevenção.

Em especial pela passagem do Outubro Rosa, não podemos deixar de lembrar do câncer de mama - a campanha é realizada anualmente em todo o mundo desde 1990 e há uma extensa divulgação através da mídia, eventos sociais e programas educativos. Acerca disso, dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio de 2023 a 2025 estimam 74 mil novos casos por ano dessa enfermidade no País.

Noutra frente do problema, há o câncer do colo do útero, sendo que, somente para este ano, o Inca estimou 17 mil novas ocorrências dele no Brasil.

Vale lembrar que os melhores resultados, em relação ao tratamento e qualidade de vida, têm a ver diretamente com o diagnóstico precoce, nos estádios iniciais, e com o rápido início do tratamento. Para isso, são fundamentais as ações preventivas, de modo a identificar os tumores nas fases iniciais para melhorar as chances de cura. Relacionado a isso, nosso último estudo constatou que 43% das brasileiras não realizam os exames para prevenção de câncer de mama e/ou colo do útero..

Você realiza os exames para prevenção de câncer de mama e/ou colo do útero?

  • Especialmente aquelas na faixa etária dos 18 aos 24 anos, disseram não fazer esses exames, com61%.
  • Já dos 25 aos 29 anos, 44% delas responderam negativamente.
  • Dos 30 aos 34 anos, esse número foi de 30%.
  • Acima dos 35 anos, pelo menos 79% realizaram os exames de rotina.

Prevenção, timidez e consultas ginecológicas

Uma pesquisa efetuada em 2019, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), revelou que 4 milhões de brasileiras nunca foram ao ginecologista obstetra e outras 5,6 milhões não têm o hábito de ir a esse profissional, sendo que 11% das entrevistadas apontaram a vergonha como o principal motivo.

Entre os principais exames pertinentes ao tema, figuram o exame físico ginecológico que avalia o corpo da mulher por completo; o Papanicolau, que previne o câncer de colo de útero; a Ultrassonografia Transvaginal, que é capaz de detectar lesões e outras formações no útero; e a mamografia, que embora não seja um exame ginecológico, é sempre solicitado em uma consulta de rotina pelo ginecologista.

Acerca da mamografia, é válido mencionar, também, que fazer o autoexame todos os meses não a substitui, embora ele seja muito importante. Além disso, a mamografia é oferecida a todas as mulheres, no Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo inclusive cobertura obrigatória dos planos.

E, ainda vinculado ao assunto, 44% das entrevistadas em nosso estudo disseram encontrar dificuldades para agendar o exame ginecológico anual de rotina.

Você tem dificuldades para agendar o exame ginecológico anual de rotina?

  • Principalmente aquelas entre 18 e 24 anos afirmaram que sim, encontram dificuldades para agendar o exame ginecológico de rotina, com 53%.
  • A faixa etária entre 30 e 34 anos encontra menos dificuldades para agendar o exame ginecológico de rotina, com 35%.
  • Gestantes também têm menos dificuldades, com 37%.
  • Mulheres com filhos relatam mais dificuldades, com 47%, quando comparadas às mulheres sem filhos, com 39%.

O HPV e a meta da OMS

Referente ao câncer do colo do útero, no mundo todo, a OMS estima que 600 mil casos são diagnosticados por ano. Tais números significaram para a entidade um grande sinal de alerta. Por isso, em 2020, na Assembleia Mundial da Saúde, foi lançada a meta de reduzir a incidência desse câncer a 4 casos, ou nem isso, em cada 100 mil mulheres, até 2030.

No ano que vem, a propósito, se completarão 10 anos que a vacina é oferecida nos postos do SUS, para a faixa etária dos 9 aos 14 anos. Porém, segundo a Fundação do Câncer, todas as capitais e regiões brasileiras estão com a vacinação contra o Papilomavírus Humano abaixo do objetivo estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PIN) e a OMS. E, relacionado ao tema, 60% das participantes da pesquisa disseram ter tomado a vacina contra HPV.

  • Especialmente dos 18 aos 24 anos, 78% relataram terem se imunizado contra a doença.
  • Dos 25 aos 29 anos, este número foi de 57%.
  • A Paraíba foi o Estado em que mais mulheres afirmaram terem tomado a vacina contra o HPV.

Ranking dos Estados em que brasileiras relataram haver tomado a vacina contra HPV
  • 1.Paraíba
  • 2.Amapá
  • 3.Piauí
  • 4.Rondônia
  • 5.Alagoas
  • 6.Espírito Santo
  • 7.Bahia
  • 8.Sergipe
  • 9.Pará
  • 10.Amazonas
  • 11.Ceará
  • 12.Distrito Federal
  • 13.Acre
  • 14.Goiás
  • 15.Mato Grosso
  • 16.Pernambuco
  • 17.Maranhão
  • 18.Tocantins
  • 19.Minas Gerais
  • 20.Santa Catarina
  • 21.Paraná
  • 22.Rio de Janeiro
  • 23.São Paulo
  • 24.Rio Grande do Sul
  • 25.Mato Grosso do Sul
  • 26.Rio Grande do Norte
  • 27.Roraima