Toda mulher que está tentando engravidar passa por aquele momento de: “Minha menstruação atrasou! Será que já estou grávida?”. Na verdade, qualquer outro sintoma como enjôos, sonolência, dores nos seios e demais outros sinais são vistos como uma alerta de que a tão sonhada gravidez já chegou!
Entretanto, a gente sabe que no meio de tudo isso podem ocorrer alguns “alarmes falsos” que fazem parte da vida de tentante, não é mesmo? Agora, você já ouviu falar de mulheres que apresentam todos os sintomas da gravidez, mas que na verdade não estão grávidas? Algumas até mesmo relatam que sentem o bebê mexer, mas na verdade não há nenhum feto crescendo no útero.
A gente está falando da gravidez psicológica. Sim, essa condição existe. A gravidez psicológica é muito rara de ocorrer e, ao mesmo tempo, é uma condição muito séria no qual a mulher consegue alterar os próprios níveis hormonais do corpo e, por isso, acaba simulando uma gravidez.
Quais são os sintomas?
Mulheres que experienciam uma gravidez psicológica relatam sentir a maioria ou até mesmo todos os sintomas de uma gravidez real. Muitos dos sintomas que as mulheres relatam são devido à alteração dos níveis hormonais que ocorrer no corpo e tais sintomas podem incluir:
- Atraso menstrual;
- crescimento dos seios;
- enjôos;
- ganho de peso;
- vontade de urinar com frequência;
- sensação do feto se movimentando.
Mas o que causa uma gravidez psicológica?
Ainda não se sabe ao certo o que pode causar a gravidez psicológica, mas há um consenso de que alguns fatores são predisponentes ao surgimento desta condição, como:
- ter um histórico de depressão ou de outras doenças mentais;
- já ter sofrido um aborto;
- ter um histórico de infertilidade e/ou tentativas sem sucesso;
- já ter sofrido algum trauma sexual ou envolvimento com relacionamentos abusivos.
De forma geral, são as emoções intensas experienciadas durante essas situações que podem causar uma gravidez psicológica. Muitas vezes, por exemplo, a ansiedade é tão extrema em quem acabou de sofrer um aborto que ocorre uma alteração nos hormônios e a mulher começa a sentir os sintomas de uma gravidez, experienciando enjôos, atraso menstrual, dores nos seios e por aí vai.
Condições físicas como tumores nos ovários, por exemplo, também podem causar um desequilíbrio nos hormônios, fazendo que ocorram atrasos menstruais, dentre outros sintomas.
E como tratar?
O tratamento vai envolver um acompanhamento psicoterápico e, também, é muito importante que se realize acompanhamento com um ginecologista para o controle dos níveis hormonais.
O fato é que a gravidez psicológica é uma condição de muito sofrimento e é considerada uma condição psicossomática, ou seja, fatores psicológicos é que causam todas as alterações no corpo. De forma geral, as mulheres se negam a aceitar que não estão grávidas, mesmo que sejam apresentadas a elas provas concretas, como um ultrassom. Para elas, é difícil aceitar essa realidade e lidar com os sentimentos que envolvem o fato de não estarem grávidas.
Para mulheres que passam por uma gravidez psicológica, é importante ter uma rede de apoio que as entendam e que as façam se aproximar da realidade com muito carinho e cuidado. Como dito anteriormente, a gravidez psicológica é uma condição muito rara, mas o sofrimento da mulher que passa por isso é muito real.
