Você já ouviu falar do Transtorno de Apego Reativo? Esse é um distúrbio psicológico grave que ocorre em crianças antes dos 5 anos de idade, no qual a capacidade deles de criarem laços afetivos é afetada.
Geralmente, as crianças com esse transtorno são mais frias, distantes, tímidas e muito desapegadas de pessoas de referência, e as causas para a esta condição se devem, principalmente, a maus tratos.
Vamos descobrir ao longo deste artigo mais informações acerca desse transtorno que afeta drasticamente as relações afetivas das crianças com seus pais e/ou cuidadores.
Causas do transtorno
O Transtorno de Apego Reativo surge na infância. As principais causas para esta condição são as seguintes:
- Maus tratos;
- abandono ou perda dos pais;
- comportamentos violentos por parte dos cuidadores;
- mudança repetida de cuidadores.
Felizmente, as chances de uma criança apresentar esse transtorno é muito baixa. É uma condição muito rara de ocorrer até mesmo em crianças que foram gravemente negligenciadas.
Como já sabemos, as experiências que vivenciamos durante a infância modelam o nosso cérebro, e isso vale também para as experiências negativas. Como durante a infância o cérebro ainda está se desenvolvendo, ele é sensível a qualquer estimulação, seja boa ou ruim, e é por isso que as experiências são tão importantes nessa fase da vida.
Sinais do transtorno
De forma geral, esse transtorno apresenta um padrão de comportamento inibido e retraído para com os adultos, com baixa responsividade emocional e social. Além disso, é possível que as crianças com Transtorno de Apego Reativo apresentem comportamentos agressivos, bem como episódios de tristeza e medo inexplicáveis.
Normalmente, elas demonstram diminuição ou mesmo ausência de expressão de emoções positivas quando estão interagindo com os pais ou outros cuidadores e apresentam, também, dificuldade de regular suas emoções.
Crianças com Transtorno de Apego Reativo apresentam padrões de comportamento de vínculos inapropriados, no qual elas raramente ou quase nunca recorrem aos pais ou outros cuidadores para buscar conforto, proteção e carinho. Assim, a característica essencial é que elas não criam vínculos consistentes com as pessoas.
Esses sintomas provocam sofrimento e prejuízos em diversas áreas da vida da criança, e caso não sejam tratados a tempo e se ela permanece em um ambiente não saudável, tais sinais podem persistir por anos.
Outras condições como desnutrição, atrasos cognitivos e até mesmo sintomas depressivos podem surgir junto com os sinais desse transtorno.
Tratamento
O tratamento para o Transtorno de Apego Reativo deve ser realizado por profissionais como psiquiatras e/ou psicólogos para incentivar e possibilitar a criação de laços afetivos mais saudáveis. Pode ser que os pais e/ ou cuidadores também tenham que receber terapia para que possam aprender a lidar com a criança e, também, com a situação que está ocorrendo.