Você já pensou acerca do seu estilo de vida? Bom, o nosso estilo de vida impacta em muitas áreas, e isso não poderia ser diferente com a fertilidade. Os nossos hábitos e nossas escolhas refletem no nosso corpo e, por isso, da importância de se levar uma vida saudável para que o corpo possa trabalhar com eficácia.
Dependendo de nossas escolhas, os impactos serão positivos ou negativos. Lidar com os excessos também faz parte dessas escolhas e tudo deve ser bem pensado quando se começa o planejamento para engravidar.
Alguns hábitos como beber álcool com frequência ou fumar fazem parte da vida de algumas mulheres. Mas você sabe quais são os impactos que o álcool e o fumo têm na sua fertilidade? E durante a gestação? Vamos lá, então, conferir!
Consumo de álcool
Uma paixão nacional, o álcool faz parte do dia a dia de muitas pessoas no nosso país. Seja em um happy hour depois do trabalho, ou no final de semana em um churrasco, o consumo de álcool se faz presentes em todas as esferas e classes sociais dos brasileiros.
Apesar de não se ter muitas pesquisas ainda sobre o assunto, sabe-se que a ingestão de álcool é associada com a diminuição da fertilidade, principalmente entre mulheres que fazem o consumo de álcool excessivamente, ou seja, mais de 07 drinks por semana. Geralmente, este hábito é relacionado com sintomas como a desregulação menstrual incluindo a amenorreia (ausência de menstruação), dismenorreia (cólicas menstruais) e períodos menstruais irregulares. Até um consumo mais moderado de álcool, como até 05 drinks por semana, tem demonstrado alterações na fertilidade de mulheres.
Alguns estudos mostram que mulheres que fizeram uso de álcool um mês antes de tratamentos de fertilidade foram negativamente afetadas com a diminuição das chances de se tornarem grávidas.
Um grupo de estudiosos também encontraram relação entre o consumo de álcool e cólicas menstruais. Durante a pesquisa, eles concluíram que o consumo de álcool mais do que uma vez por semana aumenta a probabilidade de se ter com maior duração uma dor severa durante o ciclo menstrual.
Da mesma forma que o álcool causa danos à fertilidade feminina, o mesmo vale para a masculina. A ingestão excessiva de álcool pode causar impotência, reduzir a libido e afetar a qualidade dos espermatozoides.
Durante a gravidez, a ingestão de álcool é associada com riscos para o bebê, como a Síndrome do Alcoolismo Fetal, bem como o aumento de chance de aborto e má formação.
Uso do cigarro
Mesmo com as diversas campanhas que são realizadas alertando os efeitos do uso do cigarro, há ainda muitos fumantes no país e muitos começam esse hábito desde cedo.
Este parece ser um dos hábitos mais prejudiciais para quem está tentando engravidar. Como todos sabemos, o fumo causa diversos problemas par a saúde. Dentre eles, podemos citar o aumento de chances de desenvolver vários tipos de câncer, como o de pulmão, faringe, laringe, dentre outros, além de problemas com a pressão arterial e, também, problemas relacionados com a fertilidade.
Em termos de números, um estudo aponta que o fumo aumenta cerca de 60% o risco de infertilidade. A relação entre o fumo e disfunções no ciclo menstrual tem sido tema de muitas investigações. Por isso, há diversas evidências que apontam os efeitos que o fumo causa na fertilidade feminina, no qual os ovários e o útero são severamente afetados. Alguns estudos concluíram que fumar causa o envelhecimento dos óvulos e afeta os marcadores de reserva ovariana.
No útero, o fumo age alterando a sua aderência e dificultando a implantação do zigoto. Há, também, uma forte associação entre a fumaça do cigarro e a perda acelerada dos folículos, bem como no crescimento folicular anormal, o que compromete a qualidade dos óvulos. Além disso, podemos citar ainda o fato de que o fumo diminui os níveis de estrogênio e progesterona no corpo, aumentando os níveis de hormônios andrógenos impactando, assim, o equilíbrio hormonal do corpo.
As consequências do fumo também são perceptíveis durante a menstruação. Normalmente, mulheres que fumam apresentam menos dias de menstruação e um fluxo menstrual intenso durante esses dias.
Até mesmo para quem busca ajuda por meio de tratamento, o hábito de fumar irá diminuir as chances de sucesso. Dados apontam que o tabagismo está associado com baixas taxas de fecundidade e um maior risco de falhas em fertilização in vitro.
Nos casos de se fazer uso do cigarro durante a gravidez, há riscos graves não somente para a gestante, mas também para o bebê. Além do risco de se ter placenta prévia ou deslocamento dela, fumar durante a gravidez aumenta as chances de se ter um aborto e, também, do bebê nascer abaixo do peso. Sem contar na possibilidade de o bebê apresentar problemas respiratórios por toda a sua vida.
Então, o melhor a se fazer é tentar ao máximo abandonar quaisquer hábitos que possam prejudicar a sua saúde e, também, a do bebê. Além de possibilitar maiores chances de concepção e uma gravidez mais tranquila, hábitos saudáveis irão garantir uma possibilidade de que o bebê também se desenvolva saudavelmente.
